Importante e necessário a Valorização do Rap Feminino

Por Isabel Gueixa

 

O “Juntas Somos Mais Fortes” emana representatividade e poder feminino, um convite aberto para todas as mulheres buscarem o empoderamento que ainda anda adormecido em muitas de nós. Tendo êxito neste edital, Isabel Gueixa poderá colocar o EP em circulação virtual por meio de apresentação artística. Olhando o Mapa da Violência, encontramos lá, pastas indicando o quanto a violência acaba com a vida das mulheres, tanto da forma onde a mulher tem que conviver com isso, como não, pois a estatística é clara quanto ao feminicídio que ainda é terrivelmente recorrente. Ora, mulheres trans e travestis ainda têm expectativa de vida de apenas 35 anos! Ser mulher é ter ciência que corre perigo a cada minuto, não importa onde estamos ou com quem estamos… Eu lembro de uma vez estar com colegas da faculdade – onde fazíamos um grupo de estudos que o nome era “Mulher de Quem?”, que discutíamos sobre as figuras femininas que deveriam ser influentes nas artes, mas seus cônjuges quem ficavam com toda a glória de seus trabalhos por estas não poderem exercer profissões na época – neste dia, estávamos em cinco e, uma colega fez a seguinte pergunta: “quem aqui já foi abusada sexualmente?” Todas nós levantamos a mão. Estas situações que me dão o combustível de poder cantar que não está tudo bem, que não estamos loucas, que podemos ter forças para sair de relacionamentos abusivos, de ter coragem para denunciar violências domésticas, estupros… De mostrar que não estamos sozinhas, que podemos contar uma com as outras… Pois Juntas, Somos Mais Fortes!

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